quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Carta da imoralidade aos políticos do Brasil

A campanha eleitoral estar nas ruas, todos se esganando para chegarem ao poder e outros para se manter mamando nas tetas da velha pátria adormecida, que se acorda apenas de quatro em quatro anos para a festa da democracia de poucos. Os oportunistas do neoliberalismo apresentam suas propostas de enganação ao povo, e quando são eleitos rasgam suas idéias outrora no papel e passam a fazer os acordos de interesse dos grupos políticos e da classe dominante, mesmos aqueles partidos que se diziam revolucionários entram na prostituição do jogo político. Não sei se poderíamos chamar isso de democracia ou prostitucracia!
Esta é a carta da revolta, de não aceitar a imoralidade e omissão dos políticos que passaram 8 anos no poder, a exemplo dos senadores de vários estados do Brasil e de aproximadamente 550 deputados federais que durante quatro anos não tiveram a coragem de votar a PEC 54/99, que faz justiça a meio-milhão de trabalhadores que entraram no serviço público antes da promulgação da Constituição de 1988. Esses trabalhadores farão diferença na hora do voto.
Essas são as pessoas que exploram os trabalhadores, pois muitos não têm interesse de votar a PEC 54/99, pois são atrelados dos prefeitos e governadores e usam esses servidores como massa de manobra - curral eleitoral – “ou votam no meu candidato ou estão no meio da rua”. Além da tortura psicológica, o não direito a receber terço de férias, qüinqüênios, afastar-se para cursar uma pós-graduação - mesmo especializado ganhando inferior a outro do quadro efetivo, as gratificações não incorporam para a aposentadoria, não podem contrair empréstimo em folha de pagamento, não tem direito a licença prêmio e muitos não podem se inscrever no projeto “minha casa, minha vida”. Porém, o pior castigo é a tortura psicológica daqueles que se revezam no poder de quatro em quatro anos, “diga em que você vota ou perderas o emprego!”.
Esses servidores têm mantido o silêncio por 22 anos, não podem participar do movimento sindical, pois são demitidos sumariamente sem qualquer direito. Muitos prefeitos acionam o Ministério Público para que autorizem os mesmos a demissão em massa desses trabalhadores. Pois hoje, são considerados entulhos para os atuais gestores modernos, é preciso terceirizar o serviço público, expulsando essa gente via carta de ajustamento de conduta do ministério, pois precisam urgentemente - prefeitos e governadores colocar no serviço público outra leva de profissionais via terceirização, outro curral eleitoral. “Eu te dou um emprego e nas próximas eleições quero o seu voto em troca”. Mesmo sob a alegação do concurso público divulgado pelo Ministério Público, os políticos desdenham da própria Constituição Federal – “nossos interesses acima do bem público”.
Logo, a Associação dos Servidores Públicos das Regiões Norte/Nordeste está orientando os trabalhadores para votarem em candidatos que se comprometam com a aprovação da PEC 54/99, que se encontra há 11 anos nas gavetas da Câmara dos Deputados, em Brasília. E só votar em Deputados Estaduais se os mesmos colocarem em sua plataforma de trabalho o apoio a PEC 54/99, a mesma orientação segue para os candidatos ao Senado e a Presidência.
Professor Gilson Nunes – Consultor Sindical da ASPRENNE -

2 comentários:

  1. Ainda não vi nenhum canditado tocar neste direspeito ao trabalhador. Quando é do interesse deles a votação é rápida. Todos tem direitos e deveres quando iram repara esta injustiça. Se fosse uma ação sistema privado já teriam resolvido mas como e do governo vão rolando talves
    não próxima encarnação este assunto já tenha uma solução digna.

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  2. Parabéns Sidney pela indignação, você pode acessar o nosso site para acompanhar a nossa luta. www.asprenne.com.br

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